A INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE VOO NA SELEÇÃO DE BICOS E ADJUVANTES EM PULVERIZAÇÕES AÉREAS

A velocidade do voo, por exemplo, afeta o tamanho de gotas para as pontas hidráulicas, como CP-03, CP-11TT e pontas de jato cônico, como as do tipo disco e caracol. Para essas pontas o incremento na velocidade e o ângulo de deflexão, aumentam o impacto do ar com o líquido, causando maior fragmentação das gotas, reduzindo o tamanho das mesmas. A deriva, caracterizada com parte da aplicação que não atinge o alvo, deve ser sempre controlada durante as aplicações. As condições meteorológicas, tamanho de gotas, altura de voo e distância de áreas de restrição são os principais fatores a serem observados para reduzir o risco de deriva. O tamanho das gotas é determinado pela pressão operacional, velocidade de voo, ângulo de deflexão dos bicos e características físico-químicas das caldas.

Em trabalho realizado em parceria entre a AgroEfetiva, FCA-UNESP Campus de Botucatu/SP, Universidade Federal de Uberlândia – UFU e a Universidade de Nebraska, nos Estado Unidos, foi avaliado a ação da velocidade de voo e adjuvantes nas características do espectro de gotas. Por exemplo, o uso de certos adjuvantes com o herbicida glifosato teve potencial de redução de deriva para a velocidade de até 190 Km h-1. A 220 km h-1 muitos adjuvantes já haviam perdido o efeito na redução do potencial de deriva na aplicação, e a 250 km h-1, um dos adjuvantes avaliados causou incremento no risco de deriva comparado ao uso do glifosato sozinho. Ou seja, a escolha dos adjuvantes deve considerar a velocidade de aplicação, e para isso carece de pesquisa.

Para atomizadores rotativos, além da velocidade de voo, a velocidade de rotação altera o tamanho de gotas. Em determinada velocidade, quanto maior a rotação dos atomizadores, menor o tamanho de gotas. Para atomizadores de tela, ainda há o impacto das gotas com essa estrutura, para depois serem lançadas e sofrerem um segundo impacto com o vento. Portanto, nesse caso, tanto a velocidade de voo, quanto o ajuste do ângulo das pás dos atomizadores irão alterar o espectro de gotas, e consequentemente o risco de deriva.

Recentemente a AgroEfetiva avaliou diversas marcas de atomizadores nacionais, também em parceria com a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. Foram observadas muitas diferenças entre as marcas, como o material, design, número de pás, e isto interfere no tamanho das gotas. Por exemplo, para uma mesma configuração, como ângulo das pás a 45 graus e 180 km h-1, aplicando 6 L min-1 de calda por atomizador, o percentual de gotas mais sujeitas à deriva (%<100 µm) variou mais de 50% entre algumas marcas.

Portanto, quando se faz o ajuste do sistema de pulverização de uma aeronave, é muito importante considerar o modelo de avião que está sendo utilizado (velocidade), a interação entre a calda e a velocidade de voo, bem como o modelo e fabricante da ponta hidráulica ou atomizador rotativo (de tela ou de disco). Informações como estas podem ser baixadas no site www.agroefetiva.com.br

Dr. Fernando Kassis Carvalho.

Pesquisador em Tecnologia de Aplicação na AgroEfetiva.

fernando@agroefetiva.com.br

Fonte: Sindag

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